Presidência brasileira do G20, Sociedade Civil e Transparência
O Brasil assumiu a presidência do Grupo dos Vinte (G20) em 2024, colocando-o na vanguarda pública na definição da agenda de governança econômica global. Desde 1999, o G20 tem sido uma plataforma importante para as maiores economias do mundo, representando cerca de 85% do PIB global e 75% do comércio internacional. Como membro fundador, o Brasil sempre esteve ativo nas discussões do G20, defendendo os interesses das economias emergentes e o crescimento inclusivo.
Agora, a presidência proporciona ao Brasil uma plataforma para aumentar a sua influência e concentrar-se nas suas prioridades de desenvolvimento sustentável, recuperação econômica, transformação digital e saúde global. E através de fóruns nacionais e grupos de trabalho temáticos, plataformas digitais e parcerias, o Brasil está integrando as perspectivas da sociedade civil no processo do G20. Esta representação inclui vários grupos demográficos, como mulheres, jovens e comunidades indígenas.
Um exemplo é a recente reunião do Grupo de Trabalho sobre Economia Digital do G20 em São Luís, Maranhão, onde os participantes discutiram o uso seguro da Internet, a proteção de dados e a colaboração multissetorial. A sociedade civil de todo o mundo foi ali representada pelo Civil20 (C20). O C20 desenvolve recomendações políticas para os líderes do G20 e o Brasil garante que estas sejam consideradas no diálogo e nos resultados das reuniões. As Organizações da Sociedade Civil (OSCs) também estão incluídas no evento paralelo do G20, “Estados do Futuro,” que visa reimaginar as capacidades das empresas estatais.
O Brasil monitora e avalia seu envolvimento com as OSCs para melhorar as consultas, além de oferecer workshops e sessões de treinamento para ajudar as OSCs a se envolverem efetivamente nos processos do G20. O presidente do C20 também dirige a ABONG (Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais), plataforma nacional que coordena as OSCs, e produziu este guia do G20.
De forma mais ampla, o Brasil consulta seu público sobre a agenda do G20 por meio de grupos focais, enquetes, pesquisas e plataformas com feedback e interação em tempo real para aumentar a transparência. A própria transparência é, obviamente, um tema para a contribuição das OSCs, inclusive no que diz respeito a políticas governamentais, como medidas anticorrupção. Na CiSoRise, acreditamos que as OSCs que praticam a transparência são as que estão melhor posicionadas para serem defensoras da transparência em todos os setores.
O selo de transparência para ONGs é um diferencial que evidencia a seriedade e o compromisso da organização com a boa gestão e a prestação de contas. Ele ajuda a fortalecer a confiança dos doadores e parceiros, mostrando que os recursos são aplicados de forma responsável. Com isso, o selo se torna um importante aliado para atrair apoio e consolidar a reputação da ONG no mercado.