Novas Formas de Liderar Organizações sem Fins Lucrativos

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Catalisados pela pandemia, novos modelos de liderança trazem inovação ao terceiro setor. No relatório de 2023 do Dorothy A. Johnson Center for Philanthropy sobre tendências filantrópicas, Mandy Sharp Eizinger e Tory Martin baseiam-se na experiência de representantes de fundações para descrever o tipo de liderança que torna as ONGs / OSCs mais orientadas para a missão e duradouras.

Os autores descobriram, especificamente, que:

• Dividir as funções de diretor executivo (ou similares) entre várias pessoas (coliderança, diretoria multiexecutiva) alivia o impacto emocional e a carga de trabalho dos líderes, envolve melhor as habilidades da equipe e torna menos provável o esgotamento do líder.

• Diversificar talentos ajuda a sustentar os líderes numa função muitas vezes solitária e com poucos recursos, onde estão sobrecarregados. Criar mais funções de liderança significa mais oportunidades de contratação e avanço nas metas de DEI.

• Formar cooperativas de trabalhadores que proporcionem votos iguais e participação direta do pessoal na governança é fortalecedor. Ao organizarem-se em círculos semi-autônomos de funcionários e voluntários, por exemplo, os funcionários conseguem equilibrar a liderança do projeto com a responsabilidade coletiva.

• O Patrocínio Fiscal de ONGs / OSCs e/ou dos seus programas sob a estrutura de uma organização existente reduz a carga administrativa de uma ONGs / OSC, liberando tempo e recursos.

• O planejamento de sucessão com a liderança gradual de um sucessor interno traz maior sucesso às transições organizacionais.

Finalmente, descobriu-se que cada novo modelo cria um local de trabalho mais atencioso e proativo em relação à saúde mental e ao bem-estar das pessoas na organização. A plataforma Impactodo pretende reforçar esses benefícios e ajudar a levar os líderes do estágio de sobrevivência ao legado.

A Impactodo transforma a maneira como o terceiro setor opera, oferecendo soluções digitais que simplificam a gestão de doações, promovem o engajamento de doadores e monitoram resultados com precisão. Nossa plataforma é projetada para atender às necessidades específicas de ONGs e projetos sociais, proporcionando eficiência, transparência e maior alcance. Com a ImpactoDo, sua organização pode captar mais recursos, fortalecer relações com apoiadores e potencializar o impacto social de suas iniciativas.

Marketing no Terceiro Setor: Como ONGs Brasileiras Podem Captar Recursos e Parcerias Internacionais

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Em um cenário onde o financiamento de projetos sociais se torna cada vez mais competitivo, as ONGs brasileiras precisam ir além das ações de campo. A chave pode estar no marketing estratégico — ferramenta essencial para fortalecer a imagem institucional, atrair apoiadores e conquistar parcerias dentro e fora do país.

Um estudo publicado na South American Development Society Journal (SADSJ) destaca exatamente isso: um plano de marketing bem estruturado pode ser determinante para a sustentabilidade financeira e o reconhecimento global de uma organização sem fins lucrativos.

Marketing como ferramenta de transformação

No Terceiro Setor, o marketing não é apenas divulgação — é relacionamento, propósito e transparência.
Ele ajuda a construir pontes entre causas sociais e públicos diversos, traduzindo o impacto em narrativas compreensíveis e emocionais.

De acordo com o estudo, o marketing institucional deve integrar:

Comunicação estratégica;

Gestão de imagem;

Captação de recursos;

Construção de confiança junto a financiadores nacionais e internacionais.

O que o estudo da SADSJ revela

O artigo analisa o papel do marketing como um eixo central de captação e propõe um modelo de planejamento aplicável a diferentes tipos de ONGs.
Entre os principais elementos, destacam-se:

Diagnóstico de posicionamento – entender como a ONG é percebida por seus públicos;

Planejamento estratégico – definir objetivos, públicos e canais de comunicação;

Fortalecimento institucional – criar identidade visual e discurso alinhado aos valores da organização;

Captação internacional – adotar estratégias que facilitem a cooperação e o acesso a editais estrangeiros.

Essas práticas fortalecem a credibilidade e ampliam a presença da ONG no cenário global.

Boas práticas de marketing para ONGs brasileiras

Com base nas conclusões do estudo, veja ações práticas que qualquer organização pode aplicar:

🌍 1. Invista em comunicação bilíngue

Traduzir o site e principais materiais para o inglês ou espanhol facilita o acesso de parceiros internacionais e editais estrangeiros.

📸 2. Mostre histórias reais e resultados

Apresente beneficiários, dados concretos e transformações alcançadas. Histórias autênticas emocionam e inspiram confiança.

💻 3. Fortaleça sua presença digital

Mantenha o site e as redes sociais atualizados, com conteúdos educativos, depoimentos e resultados.

💬 4. Use o marketing de conteúdo

Publique artigos, vídeos e campanhas temáticas sobre o impacto da sua causa. Educar o público é uma das formas mais eficazes de gerar engajamento.

🧾 5. Pratique a transparência

Disponibilize relatórios, certificações e informações financeiras de maneira acessível e clara.

Conclusão

O marketing é um aliado estratégico para qualquer ONG que deseja crescer, captar recursos e ampliar seu impacto.
Mais do que comunicar ações, ele conecta pessoas, causas e oportunidades.

No cenário global, as organizações brasileiras têm potencial de destaque — basta comunicar seu valor com propósito, clareza e profissionalismo.

👉 Saiba mais lendo o artigo completo da South American Development Society Journal (SADSJ):
https://www.sadsj.org/index.php/revista/article/view/680

Incentivos Fiscais e o Novo Marco das OSCs: Como Doar se Tornou uma Estratégia Inteligente

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Nos últimos anos, o Brasil deu um passo importante ao tornar o ambiente mais favorável para organizações sociais. A Lei 13.019/2014, conhecida como Marco Regulatório das OSCs, trouxe mais clareza, menos burocracia e incentivos fiscais concretos para quem doa — principalmente empresas no regime de Lucro Real.

Um dos principais avanços foi permitir que essas empresas deduzam até 2% da receita bruta em doações feitas a organizações sociais. Na prática, isso pode gerar economias de até 34% do valor doado em impostos, tornando a doação não apenas um gesto solidário, mas também uma decisão fiscalmente vantajosa.

Além disso, ONGs agora podem receber bens apreendidos pela Receita Federal (como móveis e eletrônicos) e organizar sorteios e promoções para captar recursos, sem precisar de título de utilidade pública ou qualificação como OSCIP.

Outro ponto positivo é o acesso mais simples a esses benefícios: qualquer OSC legalmente constituída já pode aproveitá-los, mesmo que não tenha grandes certificações. Isso fortalece principalmente as organizações menores, que atuam em territórios vulneráveis com poucos recursos administrativos.

Para quem quer se aprofundar, uma boa leitura é o artigo publicado pelo portal Migalhas, que detalha os benefícios fiscais para doadores:


Empresas do Lucro Real podem reduzir IR e CSLL com doações – Migalhas

 

Referências

👉 Saiba mais lendo o artigo completo da South American Development Society Journal (SADSJ):
https://www.sadsj.org/index.php/revista/article/view/680

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